O Ministério Público, por meio do grupo especializado em defesa do meio ambiente, deu prazo de cinco dias para que a Prefeitura de Americana e o Departamento de Água e Esgoto (DAE) apresentem explicações sobre a crise hídrica que afeta o município. O pedido foi feito após o decreto de emergência hídrica publicado pela administração municipal no início da semana.
Entre os pontos que devem ser esclarecidos estão as medidas emergenciais já adotadas ou previstas, além das ações específicas para garantir abastecimento de água em locais considerados vulneráveis, como asilos, creches, unidades de saúde e bairros com pouca capacidade de reservação ou redes antigas e frágeis.
O Ministério Público também questionou se há algum plano de racionamento em estudo e pediu esclarecimentos sobre denúncias relacionadas à qualidade da água distribuída na cidade.
Segundo o DAE, o problema no abastecimento ocorre por causa da baixa qualidade da água do Rio Piracicaba, principal fonte de captação de Americana. A estiagem prolongada reduziu em cerca de 20% o volume captado e dificultou o processo de tratamento, que passou a exigir lavagens mais frequentes dos filtros e decantadores da estação de tratamento. Isso provocou oscilações no fornecimento em diferentes regiões da cidade.
Com o decreto de emergência, o DAE passou a ampliar equipes de reparo, contratar caminhões-pipa para atender áreas mais afetadas e reforçar campanhas de uso consciente da água. A normalização do abastecimento depende da retomada das chuvas, especialmente na cabeceira do Rio Piracicaba.