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Os desafios com a segurança pública em Campinas fizeram com que moradores de diversas áreas da cidade adotassem medidas por conta própria e instalassem cancelas e até portões nas entradas dos bairros. São os chamados cinturões de segurança.
Entretanto, o fechamento divide opiniões e acaba não sendo benéfico para todos, como relatam alguns moradores à CBN. Muitos dos residentes do entorno reclamam que as barreiras atrapalham a circulação entre bairros e dificulta o acesso de quem não mora nesses locais mas precisa passar por eles.
Bairros como Parque das Flores, Alto Taquaral, Terras de Barão e Barão do Café contam com essas estruturas para controle de acesso, mas não estão devidamente regulamentadas. Segundo a Prefeitura, nesses locais o processo está em andamento.
Silvia é moradora do bairro Aquarela, vizinha ao Parque das Flores, e fala sobre os problemas de fluidez no trânsito por conta das barreiras para controle de acesso. A região recebeu novos empreendimentos e, com isso, o trânsito acaba ficando congestionado por conta desses fechamentos.
Outra moradora que reclama é Day Cardoso, presidente da Associação de Moradores da Fazenda Santa Cândida. Nesse bairro, a situação virou tema de disputa judicial, que foi favorável para a remoção dos fechamentos.
Vai e vem burocrático
Sobre a situação, o secretário de Desenvolvimento Urbano, Marcelo Coluccini, ressalta que os cinturões de segurança são regulamentos por lei e podem ser implantados em qualquer bairro da cidade. Para isso, é necessário que metade dos moradores do local, 50% mais um – seja a favor da medida.
Porém, Marcelo explica que existem algumas regras para a implantação das cancelas ou portões. Elas não podem ser instaladas, por exemplo, nas chamadas vias de circulação arterial ou coletoras.
Foram identificados locais que contam com as barreiras de fluxo em vias deste tipo em dois bairros e, portanto, que precisam ser retiradas. São as ruas Professora Maria Therezinha Pires Monacci, no Alto Taquaral, e a Hermantino Coelho – Parque Das Flores, consideradas coletoras de trânsito. A determinação já foi feita aos moradores, que precisam fazer a liberação das ruas.
Nas demais áreas da cidade, o secretário esclarece que o processo de regularização dos cinturões ainda está em andamento. Segundo ele, não há prazos estabelecidos, por conta dos chamados “comunique-se”. Trata-se de um retorno por parte da Prefeitura sobre o projeto de fechamento para adequar ao estudo de tráfego. Cada devolutiva dessas adequações pelas associações de moradores é de até 30 dias.
Para denunciar cancelas irregulares em bairros de Campinas, é possível entrar em contato com a Prefeitura pela Ouvidoria ou telefone 156.
