Uma pesquisa feita pelo Procon aponta que 54% dos idosos têm bastante dificuldade em usar aplicativos de compras ou serviços. O número é maior do que o registrado na pesquisa feita no ano passado em todo o estado de São Paulo. Na época, 48,87% disseram que não se dão muito bem na hora de fazer compras ou acessar serviços pelo celular.
Apesar de a tecnologia garantir facilidade para muitos, nem todos conseguem fazer o uso dela sem apresentar dificuldades. A aposentada Mônica Damiano é uma dessas pessoas. Por isso, quando ela vai fazer compras na internet costuma pedir ajuda para alguém.
“Eu prefiro pedir ajuda, porque eu me sinto insegura. Até posso baixar o aplicativo, mas sempre prefiro pedir ajuda de quem tem mais experiência em fazer compra pela internet”, disse a idosa.
A assessora de estudos e pesquisas do Procon, Nilciane Zaupa, afirma que muitas vezes os aplicativos considerados essenciais, como de bancos e companhias de energia, não são considerados acessíveis para a terceira idade, de acordo com a pesquisa.
“A principal dificuldade, como a pesquisa aponta, é principalmente na utilização do aplicativo. Ele não tem conhecimento da tecnologia e muitos precisam de auxílio de familiares. A pesquisa também indicou que serviços como essenciais, como apps de empresas de água, energia e telefonia, além de serviços bancários e empresas prestadoras de serviços de saúde foram apontadas pelos consumidores como maiores dificuldades para acessar os aplicativos e isso é fundamental para a gente entender as dificuldades e verificar que são serviços essenciais. A população ela deve saber utilizar para contratar os serviços e tudo mais”, explicou a assessora.
Além disso, o Procon-SP também identificou que muitos idosos acabam expostos a golpes e empresas falsas.
“A partir do momento que o idoso consegue contratar, mas não tendo informações adequadas ele pode contratar de uma empresa golpista ou uma empresa fantasma. A maioria dos 60+ eles têm acesso a ofertas no celular e também redes sociais. Poucos consomem esses serviços, mas desses poucos, 66% enfrentam problemas. Problemas como: a empresa não entrega, não cumpre com o contratado ou mesmo é empresa fantasma.”
“O consumidor deve ficar atento, evitar clicar em links que ele recebe. Uma dica é: recebeu o link com uma oferta de uma empresa, ele mesmo pode acessar o site se a oferta é verdadeira. Na hora de fazer o PIX, verificar se o beneficiário é realmente a empresa. Verificar na página inicial qual é o CNPJ da empresa. Entre no site do Procon, verifique se a empresa é reclamada e se ela realmente existe”, ressaltou a porta-voz do órgão.
O Procon estadual informou também que realiza palestras online e, uma vez por mês, palestras presenciais para orientar os consumidores.
