Acusados de matar ex-vereadora Madalena são condenados juntos a 100 anos de prisão

Foto: Divulgação, Câmara de Piracicaba

Depois de cerca de 16 horas de julgamento, os três acusados de matar a ex-vereadora Madalena Leite receberam as condenações e, juntos, os três foram sentenciados a 100 anos de prisão. O júri popular ocorreu nesta quarta-feira (19), no Fórum de Piracicaba.

Wemerson Ferrante foi condenado a 36 anos de prisão, Jéssica Silva e Marcelo Tomaz receberam a pena de 32 anos cada um. Os três foram acusados de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e uso de recurso que impediu a defesa da vítima. Na época, Madalena tinha 64 anos.

Sete jurados – quatro mulheres e três homens – ouviram os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa. Na sequencia, os três réus foram interrogados por quase quatro horas e responderam perguntas do promotor, da juíza e dos advogados.

Todos admitiram envolvimento em outros crimes, mas negaram participação na morte da ex-vereadora Madalena Leite.

Segundo a denúncia do Ministério Público, a morte de Madalena foi motivada por vingança na disputa pela liderança comunitária em um bairro de Piracicaba. O MP apontou que um dos acusados, que era um ajudante de confiança de Madelena enquanto ela era líder comunitária no bairro Boa Esperança, planejou a morte da vítima.

Foto: Edijan Del Santo/EPTV

Madalena Leite foi encontrada morta no dia 7 de abril de 2021, dentro de casa, com ferimentos na cabeça, provocados por golpes de facão. Segundo o boletim de ocorrência, um vizinho achou a vítima no sofá da sala e chamou a polícia.

Nove dias depois do crime, a polícia prendeu os três suspeitos, que já eram investigados por outro homicídio na mesma região. Eles estavam com porções de droga e objetos que, segundo a polícia, pertenciam à ex-vereadora.

Madalena atuou como líder comunitária por 25 anos antes de se tornar a primeira vereadora travesti de Piracicaba.

A defesa de Jéssica Silva diz que vai recorrer, e considera a decisão é injusta, incorreta e que faltam provas para uma condenação. Os advogados que representam Wemerson Ferrante e Marcelo Tomaz disseram que a investigação se baseou em “boatos”, e que a pena foi exagerada e também vão entrar com pedido de revisão.

Compartilhe!

Pesquisar

Mais recentes

13º salário deve injetar até R$ 2,6 bilhões na economia de Campinas

Educador defende ações permanentes contra o racismo nas escolas e na sociedade

Consciência Negra: ouça e entenda como racismo ainda é muito presente até nas escolas

PODCASTS

Fale com a gente!

WhatsApp CBN

Participe enviando sua mensagem para a CBN Campinas

Veja também

Reportar um erro

Comunique à equipe do Portal da CBN Campinas, erros de informação, de português ou técnicos encontrados neste texto.