Quinze mulheres em situação de violência doméstica passaram a receber, a cada mês, apoio financeiro para pagar o aluguel de uma moradia segura em Campinas. Em 2023, eram apenas quatro. O aumento aconteceu após a ampliação do Programa Auxílio-Moradia, criado por lei municipal em março de 2023. A medida garante proteção imediata e autonomia para mulheres em situação de vulnerabilidade extrema.
Entre 2023 e 2025, o número de atendimentos — que inclui concessões e prorrogações — subiu de 37 para 138, um crescimento de 273%. O investimento social também aumentou: passou de R$ 29 mil em 2023 para R$ 484 mil em 2024 e chegou a R$ 551 mil até o momento em 2025.
O programa faz parte dos Benefícios Eventuais Municipais e oferece até seis meses de auxílio financeiro para mulheres que precisam sair de casa por causa da violência e não têm como pagar aluguel. O objetivo é garantir tempo e segurança para que essas mulheres possam reconstruir suas rotinas.
A maioria das beneficiárias tem filhos pequenos ou adolescentes (63,3%). Outras 25,7% têm filhos adultos e 11% não têm filhos. A maior demanda vem da Região Sul da cidade, com 30,9% dos atendimentos, seguida pelas regiões Sudoeste (23,5%), Norte (19,1%), Leste (14,7%) e Noroeste (11,8%).
O valor do benefício é de R$ 951,70 por mês. O pagamento é feito por até seis meses e deve ser usado exclusivamente para aluguel.
Para receber o auxílio, é necessário estar acompanhada pelo CREAS ou pelo Abrigo Sara-M, apresentar boletim de ocorrência, comprovar vulnerabilidade social e ter encaminhamento da rede de assistência social. Também é preciso apresentar documento com foto, CPF, comprovante de endereço e o boletim que comprove a situação relatada.




