Campinas começa a usar novo exame de glicemia que reduz tempo de espera

Foto: Prefeitura de Campinas

A Secretaria de Saúde de Campinas começou nesta semana a aplicar um novo exame de glicemia que leva metade do tempo da versão tradicional. O teste é feito pelo Laboratório Municipal e pode ser solicitado pelos centros de saúde e outros serviços do SUS da cidade. 

O exame segue as novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes e tem duas etapas: o paciente precisa estar em jejum de 12 horas, depois ingere 75 gramas de glicose e faz a coleta após 60 minutos. Antes, o teste padrão levava duas horas. 

Segundo o Laboratório Municipal, o novo modelo é mais simples e confortável, além de identificar mais casos de pré-diabetes — quando a pessoa ainda não tem diagnóstico, não usa remédio, mas pode desenvolver a doença se não mudar os hábitos. 

O novo exame se junta aos outros tipos de curva glicêmica já oferecidos, como a clássica de duas horas e a prolongada de cinco horas. A expectativa é que o novo formato se torne o mais usado, por ter melhor resultado clínico. 

O Laboratório Municipal realiza cerca de 20 exames de curva glicêmica por dia. A equipe passou por capacitação para aplicar o novo teste e os médicos do SUS também estão sendo orientados sobre as mudanças. 

A estrutura do laboratório, que funciona dentro do Hospital Ouro Verde, foi modernizada no primeiro semestre para aumentar a capacidade de exames e reduzir o tempo de análise. O local atende 120 serviços da rede municipal e está entre os três maiores públicos da América Latina. 

Campinas tem 46,8 mil pessoas com diabetes cadastradas no SUS. De janeiro a outubro, foram feitos 84,8 mil atendimentos, incluindo consultas com médicos, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais. 

Os centros de saúde oferecem atividades coletivas sobre alimentação saudável, exercícios físicos e práticas integrativas. O encaminhamento para exames e atendimentos especializados é feito pelas equipes das unidades básicas. 

A estimativa da Secretaria de Saúde é que 87,7 mil moradores da cidade tenham diabetes, com base no Censo de 2022 e nos dados do Plano Nacional de Saúde. 

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