A Secretaria Estadual de Saúde confirmou um novo caso de intoxicação por metanol em Campinas. A vítima foi um homem de 29 anos que ingeriu bebida alcoólica enquanto trabalhava em Mairiporã, na Grande São Paulo, entre os dias 23 e 24 de outubro. Ele apresentou sintomas no dia 25, foi internado em outro município e já recebeu alta.
Com esse caso, o número de pessoas intoxicadas por metanol no estado subiu para 47. Nove mortes foram confirmadas até agora. Outros nove casos ainda estavam em investigação, incluindo duas mortes: uma de um homem de 49 anos, de Piracicaba, e outra de um paciente de 32 anos, de São Vicente.
O metanol é um tipo de álcool usado na indústria, presente em solventes e produtos químicos. Quando ingerido, é extremamente perigoso. O fígado transforma essa substância em compostos tóxicos que podem afetar a medula, o cérebro e o nervo óptico, causando cegueira, coma e até a morte. Também pode provocar falhas nos pulmões e nos rins.
Diante da gravidade da situação, Campinas sancionou uma nova lei que obriga hospitais e clínicas, públicos e privados, a notificarem casos de intoxicação por metanol em até 24 horas após o atendimento. A medida foi publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira.
Além da notificação à Secretaria de Saúde, os estabelecimentos também devem acionar os órgãos de segurança pública. A responsabilidade pelas orientações técnicas sobre o tratamento, investigação e comunicação dos riscos ficou com a Secretaria de Saúde e o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Campinas.
Quem descumprir a nova regra poderá sofrer sanções administrativas.
								
											
				
															
								
															
															
															
								
								
								
								



