Refeição salgada: custo da cesta básica sobe 4,6% em Campinas

Foto: Kevin Kamada/CBN Campinas

Depois de cinco meses de queda, o preço médio da cesta básica voltou a registrar aumento em Campinas.   

A conclusão é do Observatório PUC-Campinas, que mapeia a variação dos valores dos 13 itens que compõem a cesta monitorada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).  

Em outubro, o aumento foi de 4,6%, e se posicionou como o segundo maior do país na lista que tem outras 15 capitais. Em números, o consumidor gastou, em média, R$ 777,81.  

Campinas ficou atrás, apenas, de Porto Alegre onde o aumento observado foi de 5,08%.  

O economista Pedro de Miranda Costa, integrante do Observatório PUC-Campinas, avalia que apesar da forte alta, o indicador não reflete um descontrole da inflação“Seria natural que alguns ciclos de queda se encerrassem e isso é o que provavelmente está provocando essa alta. Alguns produtos como batata e tomate têm uma característica de oscilar. Então em determinados caem muito e, em outros, sobem muito. Mas não vejo como uma pressão inflacionária”, crava o especialista. 

Entre os itens que puxaram a alta do preço médio da cesta básica estão a batata, que ficou 25,81% mais cara no décimo mês do ano, e o tomate, que encareceu quase 10,5% em outubro. “E até curioso que o tomate, por exemplo, acumula uma alta no ano, enquanto a batata no ano acumula uma queda, apesar da alta desse mês. Mas é uma característica desses produtos que são muito perecíveis terem grandes oscilações”, avaliou o docente. 

Pedro de Miranda Costa também avaliou as razões de Campinas historicamente aparecer entre as cidades com o maior preço médio da cesta básica“Claramente algumas regiões e, aquelas que têm uma renda per capita mais alta, têm também um valor de cesta mais alto. E dentro dessa regra, Campinas oscilando entre a quinta e a sexta, eu acho que é natural para o tamanho da cidade”, tranquiliza o economista. 

Ainda segundo o Observatório PUC-Campinas, para alimentar uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças, o custo com alimentação com base nos valores de outubro seria de R$ 2.333,43

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