Cidadania expulsa deputado estadual Rafa Zimbaldi por suposta dupla filiação

Foto: Aline Albuquerque/CBN Campinas

O diretório estadual do partido Cidadania anunciou a expulsão imediata do deputado estadual Rafa Zimbaldi. A decisão foi publicada em ato oficial e teve como justificativa a suposta filiação e exercício de cargo de direção no União Brasil em Campinas, o que configuraria dupla filiação — prática proibida pela legislação eleitoral. 

Segundo o documento, Zimbaldi teria assumido a presidência municipal do União Brasil, mesmo estando filiado ao Cidadania. A expulsão foi comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral, à Assembleia Legislativa e às instâncias partidárias. 

À CBN Campinas, o deputado afirmou ter sido surpreendido pela decisão, que classificou como perseguição política. Ele disse que sempre agiu com ética e respeito ao estatuto do partido e considerou a medida arbitrária, sem direito à defesa. 

Zimbaldi deixou o PL em 2022 para se filiar ao Cidadania. Nas eleições municipais de 2024, foi oficializado como pré-candidato à Prefeitura de Campinas pela legenda, com apoio do União Brasil. No entanto, enfrentou desgaste político após aliados do partido parceiro declararem apoio ao atual prefeito e então candidato à reeleição Dário Saadi (Republicanos). 

A expulsão também reflete uma disputa interna entre os diretórios municipal e estadual do Cidadania sobre alianças e o papel do partido em Campinas. Enquanto a direção estadual apontou a dupla filiação como motivo legal para a saída, o deputado alegou que a decisão tenta enfraquecer a articulação política na cidade. 

Veja a nota oficial completa

Fui surpreendido com a notícia da minha expulsão do partido Cidadania. Sempre atuei com respeito ao estatuto da legenda e à federação com o PSDB, mantendo postura ética e coerente com os princípios partidários.

A decisão, tomada sem qualquer oportunidade de defesa, revela um ato político de perseguição motivado pelo meu posicionamento como político de direita.

Considero essa atitude um grave desrespeito à democracia por parte daqueles que engendraram minha expulsão de forma arbitrária e unilateral.

Isso é inadmissível em qualquer organização política brasileira democrática. O mínimo que se espera de um partido é o respeito ao contraditório e à ampla defesa, pilares fundamentais do Estado de Direito.

Lamento profundamente que o presidente Estadual Alex Manente tenha optado por esse caminho, ignorando o diálogo e a transparência que deveriam nortear suas ações.

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