De janeiro a setembro deste ano, Campinas criou mais de nove mil novos postos de trabalho formais, segundo levantamento da Fundação Seade com base nos dados do Caged, do Ministério do Trabalho. Na região, Sumaré, Limeira, Piracicaba, Paulínia e Indaiatuba também tiveram bom desempenho, somando milhares de novas contratações.
No total, o Estado de São Paulo abriu 486 mil vagas nos primeiros nove meses do ano — quase um terço de todas as novas contratações do país.
Para a economista e professora da PUC-Campinas, Eliane Rosandiski, o resultado surpreende, especialmente num momento de forte incerteza econômica. Mesmo com os juros altos e os impactos das políticas comerciais do governo Trump, o mercado de trabalho segue aquecido.
A economista explica que Campinas tem papel estratégico dentro da Região Metropolitana, funcionando como um polo que integra e impulsiona a economia regional, mesmo sem uma indústria tão forte quanto cidades vizinhas.
Rosandiski também destaca a importância da construção civil, que tem gerado empregos e movimentado a economia regional, mas com efeito temporário.
A região administrativa de Campinas está entre as mais dinâmicas do Estado. Nos últimos doze meses, foram criadas cerca de 49 mil vagas com carteira assinada — resultado que deixa a região atrás apenas da capital e da Grande São Paulo.
O setor de serviços lidera essa expansão, com destaque para tecnologia da informação, finanças, transporte e alimentação. Além disso, São Paulo registrou o maior salário médio de admissão do país: R$ 2.593,39, 13% acima da média nacional.



