A Justiça adiou, pela segunda vez, o júri popular de Jairo Momesso, idoso preso em flagrante após confessar ter matado a esposa com um tiro de espingarda, em Mogi Guaçu. O caso aconteceu abril de 2023. Eles estavam juntos há 52 anos.
O julgamento estava marcado para esta segunda-feira (3), mas, na última sexta (31), a juíza responsável pelo caso decidiu adiar a sessão para o dia 30 de março de 2026. A mudança ocorreu porque uma testemunha considerada essencial não foi intimada a tempo.
Não é a primeira vez que o júri do réu é adiado. Inicialmente, o julgamento estava previsto para 12 de maio de 2025, mas foi remarcado em setembro de 2024 devido à “ausência de data para designação em intervalo temporal razoável”.
Não foi possível localizar a defesa de Jairo.
Ele foi preso logo após o crime, em 1º de maio de 2023. Na audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva porque, entre outros motivos, o crime “foi cometido por motivo fútil, o que denota sua acentuada periculosidade”.
Cinco meses depois, em outubro de 2023, o réu conseguiu um habeas corpus e passou a responder ao processo em liberdade.
Segundo o boletim de ocorrência, vizinhos acionaram a Polícia Militar (PM) após ouvirem o barulho do disparo.
Quando chegaram no local, os agentes de segurança encontraram a vítima, Vera Lúcia Tezzaro Momesso, no sofá, já sem vida e com um ferimento na cabeça. O autor do crime afirmou que tentou se matar, mas a “arma falhou”.
Em depoimento, Jairo Momesso afirmou que, no domingo, teve uma briga com a irmã e a esposa disse que “a culpa era dele”. Neste momento, ele disse que “perdeu a cabeça”, atirou na idosa, e avisou no grupo de WhatsApp da família que havia assassinado a mulher e iria se matar.
O filho foi até a residência do casal e encontrou a mãe morta e o pai sob efeito de álcool. À PM, o homem disse que a relação do casal era difícil no passado porque o pai bebia muito, mas que ultimamente isso não vinha acontecendo.
A arma usada, uma espingarda calibre .28, foi apreendida pela PM. Ela não havia sido registrada, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
- com informações do g1 Campinas
 
								
											
				
															
								
															
															
															
								
								
								
								



