O Ministério Público do Trabalho lançou a segunda fase da campanha Direitos de Verdade, que discute as condições de motoristas e entregadores de aplicativos. A ação mostra histórias reais de quem vive a rotina das plataformas digitais e enfrenta jornadas longas, falta de descanso e ausência de direitos básicos, como férias e proteção em caso de acidente.
A campanha questiona a promessa de flexibilidade e renda feita pelas empresas e alerta para a precarização do trabalho. Segundo o MPT, as plataformas controlam preços, regras e até aplicam punições, o que descaracteriza a autonomia do trabalhador.
Os vídeos e materiais estão nas redes sociais e no site direitosdeverdade.com, que traz informações sobre direitos, decisões judiciais e experiências internacionais. Totens e painéis também serão instalados em pontos estratégicos de grandes cidades.
Dados do IBGE mostram que os trabalhadores de aplicativos já representam 1,9% da população ocupada no setor privado. Eles trabalham, em média, 5,5 horas a mais por semana e recebem 8,3% menos por hora do que os demais. Mais de 60% não contribuem para a Previdência, o que aumenta a vulnerabilidade.
A campanha é financiada com recursos de multas e indenizações de ações trabalhistas e busca conscientizar sobre a necessidade de garantir direitos para quem atua nas plataformas.




