O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) instalou nesta quinta-feira (6), novas estruturas nas regiões administrativas de Campinas e de Piracicaba.
As unidades trazem uma grande novidade, que é a implementação das UPJs (Unidades de Processamento Judicial).
Elas são semelhantes aos cartórios civis, e têm o objetivo de agilizar a análise de processos e o encaminhamento das sentenças. A expectativa é que, com a reorganização das equipes, o ganho de produtividade seja de 60%.
Apenas a Região Administrativa-Judiciária de Campinas é responsável por cuidar de 2,5 milhões de processos, sendo 377 mil apenas em Campinas. Em Piracicaba, são cerca de 310 mil casos em análise.
Nesta quinta-feira, Campinas ganhou sua 3ª Vara de Violência Doméstica e FamilIar contra a Mulher; uma Vara Regional das Garantias; três UPJs – sendo duas para casos criminais e uma para Violência Doméstica; uma 4ª Vara Cível; e a nova UPJ Cível do Foro Regional da Vila Mimosa.
O desembargador Fernando Antônio Torres Garcia, do Tribunal de Justiça de São Paulo, explicou que a disseminação desse formato de comarca por todo o estado de São Paulo vai permitir um ganho de agilidade com a tramitação de processos de violência doméstica.
“A violência doméstica é um problema que, após a pandemia, recrudesceu. Então nós estamos instalando em todo o estado, para um combate efetivo, mais unidades contra a violência doméstica. É evidente que com mais uma unidade, mais um juiz, mais servidores, esse combate vai ser mais eficiente. E além disso, poder acolher com mais dignidade e mais carinho a vítima da violência doméstica”, avaliou o magistrado.
De acordo com o TJ-SP, as duas varas de Violência Doméstica e Familiar de Campinas analisaram 88 casos de janeiro a setembro deste ano.
Entretanto, a fila ainda tem outros 3.854 casos pendentes, cerca de mil a mais do que no mesmo período do ano passado.




