Ferramenta agora tem resposta mais rápida e monitoramento aprimorado; 337 mulheres utilizam o recurso na cidade
O sistema do Botão do Pânico utilizado em Piracicaba para proteger mulheres vítimas de violência doméstica passou por melhorias e ganhou mais agilidade no atendimento e no monitoramento das ocorrências. O recurso, integrado à Guarda Civil Municipal, é acionado por meio de um aplicativo discreto instalado no celular da mulher que possui medida protetiva judicial.
De acordo com levantamento da Guarda Civil, 337 mulheres estão cadastradas atualmente e contam com o serviço para aumentar a segurança contra agressores.
Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, relatou que o ex-companheiro — ainda em liberdade — costumava ir até sua casa, depredar o imóvel e fazer ameaças graves, o que a levou a buscar ajuda na delegacia e solicitar proteção da Justiça.
As regras de acesso ao Botão do Pânico continuam as mesmas: é necessário registrar ocorrência na delegacia e solicitar ao juiz a medida protetiva. Somente após a autorização judicial, a ferramenta é disponibilizada para uso.
Os dados da Polícia Civil mostram que a violência doméstica continua em alta na cidade. Em 2023 inteiro, foram 1.202 registros relacionados à Lei Maria da Penha. Em 2024, apenas até agora, já são 1.490 casos, um aumento de cerca de 24%.
A Delegacia da Mulher funciona no Centro, com equipe fixa até as 20h, e mantém plantão 24 horas em esquema de “portas abertas”. O tipo de ocorrência mais registrado na cidade é a lesão corporal, mas a delegada destaca que mesmo uma ameaça já aciona investigação imediata.
Com o sistema atualizado, o Botão do Pânico reforça-se como um instrumento essencial de proteção e uma ferramenta que, na prática, funciona como “anjo da guarda” das mulheres vítimas de violência doméstica em Piracicaba.




