O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) aprovou a abertura do processo de tombamento de 54 ruas com pavimento em paralelepípedos: 26 ruas da Vila Industrial e 28 do Cambuí.
A decisão marca o início de uma nova etapa de estudos sobre o valor histórico, urbanístico e ambiental desses trechos tradicionais da cidade.
Na lista, as ruas Coronel Quirino, Maria Monteiro e Santos Dumont, no Cambuí; e Vinte e Quatro de Maio, Mestre Tito e Barão de Monte Mor, na Vila Industrial.
Se o tombamento for definitivo, será a primeira vez que ruas de paralelepípedos terão proteção legal na cidade.
A medida divide opiniões. A dona Luzia Santana, moradora há mais de 30 anos da Vila Industrial, é a favor do asfalto. Já o Cláudio dos Santos trabalha na mesma região e acredita que os paralelepípedos são melhores, mas precisam de manutenção.
O processo de tombamento exige uma série de etapas. A primeira delas é entrar com o pedido na prefeitura, o que pode ser feito por qualquer cidadão. O pedido deve conter um pré-estudo e será analisado por um colegiado.
Após aprovação do colegiado, o processo avança para a fase de estudos e há um tombamento provisório, a fim de preservá-los. Ou seja, nenhuma alteração pode ser feita nos espaços sem autorização do Condepacc. É nessa etapa que se encontra o pedido de tombamento das ruas do Cambuí e da Vila Industrial.
O tombamento provisório segue até que se conclua esta etapa e o conselho decida se há justificativa para tombar os locais e quais deles serão preservados.
Após os estudos, o colegiado vota a favor ou contra o tombamento, podendo fazer alterações no projeto original, como excluir algumas das ruas por falta de preservação ou até mesmo incluir outras.
- com informações do g1 Campinas




