Uma nova reunião deve acontecer nesta quarta-feira para definir quando será retomada a votação da proposta de autarquização do Hospital de Clínicas da Unicamp. A decisão foi tomada depois que a sessão marcada para esta terça-feira foi suspensa duas vezes por causa de protestos.
De manhã, manifestantes invadiram a sala onde o Conselho Universitário estava reunido e alegaram que as portas estavam fechadas para a comunidade. A sessão foi transferida para uma sala da Funcamp, fundação ligada à universidade, e retomada online por volta das 13h20.
Porém, cerca de uma hora e meia depois, a votação foi novamente interrompida. Manifestantes invadiram o prédio da reitoria, arrombaram a porta e ocuparam a sala do Conselho. Segundo o sindicato, estudantes não conseguiam acessar o link para participar da votação remota e pediram suspensão, mas o pedido não foi atendido.
Desde segunda-feira, cerca de 30% dos servidores da área da saúde estão paralisados contra a proposta. Em nota, a reitoria lamentou os episódios e afirmou que práticas incompatíveis com princípios democráticos atingiram a instituição.
A proposta prevê transformar o Hospital de Clínicas em uma autarquia, reunindo oito órgãos, como o Hospital Central e o Caism, com presidência, conselho deliberativo e órgãos técnicos. A mudança busca aliviar custos da universidade, que devem chegar a R$ 1,1 bilhão em 2025, e garantir recursos para ampliar cursos, abrir vagas e contratar pessoal.




