A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Americana detalhou, neste fim de semana, as circunstâncias que levaram à prisão do vice-diretor de uma escola estadual suspeito de estupro de vulnerável. O servidor, Paulo Cordaço, de 43 anos, havia sido detido na sexta-feira (5), mas, até então, não havia informações sobre o crime que motivou a investigação.
Segundo a Polícia Civil, a prisão temporária foi pedida após a apresentação de um vídeo registrado por uma câmera de segurança instalada em uma sala de aula. As imagens mostram o momento em que o vice-diretor segura um aluno de 13 anos e abaixa as calças do adolescente. O caso aconteceu na quinta-feira (4).
O aluno relatou aos policiais ter sofrido uma tentativa de abuso sexual. Já o vice-diretor afirmou que tentava “repreender uma conduta inapropriada” do estudante. Para a polícia, no entanto, o vídeo confirma a versão da vítima.
A ocorrência foi inicialmente levada à delegacia pela Guarda Municipal. Na manhã seguinte, um funcionário da escola entregou a gravação que embasou o pedido de prisão. A Justiça autorizou a medida, e Cordaço foi localizado no bairro Industrial Machadinho por equipes da DDM, com apoio da Central de Polícia Judiciária e da Delegacia Seccional.

O suspeito foi encaminhado à cadeia pública de Santa Bárbara d’Oeste, onde permanece à disposição da Justiça. A prisão temporária tem prazo inicial de 30 dias e pode ser prorrogada ou convertida em preventiva.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que o vice-diretor foi afastado das funções. A Unidade Regional de Ensino de Americana abriu uma apuração administrativa que pode resultar na exoneração. O aluno está recebendo acompanhamento psicológico pelos programas “Psicólogos nas Escolas” e “Conviva SP”.




