A Prefeitura de Valinhos entrou com ação civil pública para pedir ressarcimento aos cofres públicos e responsabilização por improbidade administrativa no caso de um suposto médico fantasma. A medida foi tomada na terça-feira, após conclusão de sindicância interna.
Segundo o relatório, o médico recebeu por 121 plantões em 2023, mas compareceu a apenas cinco. Ele foi pago até mesmo enquanto viajava pela Europa. O prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 135,5 mil.
A ação também envolve a ex-diretora da UPA, o ex-secretário de Saúde e a ex-prefeita Capitã Lucimara, apontados como responsáveis diretos ou indiretos pelo esquema. O documento indica que houve falsificação de folhas de ponto, pressão sobre servidores e autorização de pagamentos sem previsão legal.
O Ministério Público confirmou que há um inquérito civil em andamento para apurar irregularidades, incluindo plantões virtuais enquanto o médico estava fora do país. O Cremesp abriu sindicância, mas o processo corre sob sigilo.
A Prefeitura pede ressarcimento integral e aplicação das penalidades previstas na lei de improbidade. Também notificou o Tribunal de Contas e vai acionar o Ministério Público do Trabalho por indícios de assédio contra servidores.
Além disso, novas investigações foram abertas para apurar suspeitas envolvendo outros médicos ligados ao mesmo consórcio. Se confirmadas, as irregularidades podem ter causado prejuízo milionário.
