O reajuste da tarifa do ônibus pegou muitos campineiros de surpresa. Anunciado nesta terça-feira (30), antevéspera do fim do ano, o aumento vai ser de 4,24%, seguindo a inflação acumulada dos últimos 12 meses.
Na prática, as principais tarifas sobem cerca de 30 centavos a partir de 1º de janeiro, como é o caso do Bilhete Único Comum, que passa a R$ 6,00 e do Vale Transporte, que sobe para R$ 6,50.
O Bilhete Escolar será comercializado a R$ 2,40 e o Universitário a R$ 3,00. Já os usuários da linha 502 (Circular Centro) vão pagar R$ 4,33 pela viagem.
A recepcionista Mariana Mendes não gostou da mudança e reclamou da frota reduzida em período de férias.
“Os ônibus, principalmente o BRT, vivem pegando fogo, quebrados, e eles querem aumentar o preço mas não aumentam a qualidade. Acredito que falta muito isso nessas empresas de ônibus”, criticou.
A atendente Juliana Silva afirmou que o reajuste da tarifa não condiz com a qualidade da frota, e criticou os veículos que, apesar de serem equipados com ar condicionado, circulam com janelas abertas em plena onda de calor.
“A maioria dos ônibus não funciona o ar-condicionado. A gente já vem derretendo dentro dos ônibus. Além de a qualidade ser péssima. Muito ônibus quebrado. Ônibus que não passa, eles diminuem no período de férias escolares. Tem férias escolares, mas os trabalhadores não tiram férias no mesmo período. Então a demanda fica pequena para o trabalhador”, observa.
Segundo a Prefeitura de Campinas, a decisão de reajustar a tarifa do ônibus acompanha a busca por equilíbrio econômico-financeiro no sistema municipal.
Já as melhorias na frota de ônibus devem ser proporcionadas pela relicitação do transporte coletivo. O pregão está em andamento e a abertura dos envelopes é esperada para o dia 23 de fevereiro, na B3, em São Paulo.
Ainda de acordo com a Prefeitura, R$ 236,4 milhões foram empenhados no subsídio da tarifa do transporte coletivo em 2025. O reajuste anterior havia sido em janeiro de 2025, de 4,88%.
Apesar do reajuste, as isenções de idosos e estudantes não vão sofrer mudanças.
A 1ª Integração continua gratuita, e a segunda, se manterá no preço de R$ 0,50. Os créditos comprados até 31 de dezembro de 2025 valem por mais um ano.




