O Guarani definiu, neste domingo (14), a diretoria que comandará o clube no próximo triênio, entre 2026 e 2028. Em eleição realizada com os sócios, Rômulo Amaro, da chapa “Avante Meu Bugre”, foi eleito presidente do Bugre. A nova gestão terá como vice-presidentes Adriano Marconatto e Erik Franco.
De acordo com o clube, antes da votação houve a análise de um recurso apresentado à assembleia, e a maioria dos sócios decidiu pela impugnação da chapa “Meu Bugre Forte”, encabeçada por Felipe Roselli, por irregularidades na candidatura, conforme previsto no Estatuto Social do clube.
A chapa vencedora recebeu 270 votos. Ao todo, foram registrados 339 votos, sendo 17 em branco e 52 nulos — destes, 34 relacionados à chapa impugnada.
Em nota oficial, o Guarani destacou que o processo eleitoral ocorreu de forma democrática, reafirmou o compromisso com a transparência e a legalidade e agradeceu a participação dos sócios que compareceram para exercer o direito ao voto.
A chapa “Meu Bugre Forte”, liderada por Roselli divulgou um comunicado após a decisão da impugnação. (leia abaixo)
“Em um primeiro momento, o resultado foi proclamado e é legítimo. Seguimos todos os trâmites que constam no nosso estatuto. Mas a gente sabe que, qualquer pessoa que se sinta prejudicada, pode procurar o Poder Judiciário, e nós ouvimos a oposição dizendo que procuraria o Poder Judiciário para garantir seu direito de participação no processo eleitoral. Entendemos que tudo que nos cabia foi feito de maneira adequada, dentro do estatuto. É possível que entrem com ação, mas entendo que o processo ocorreu de maneira legítima. Nesse momento, o Guarani tem seu Conselho de Administração, seu Conselho Deliberativo e seu Conselho Fiscal devidamente eleitos”, afirmou o atual presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Dias, após o encerramento da assembleia.
PRONUNCIAMENTO OFICIAL – CHAPA MEU BUGRE FORTE
A Chapa Meu Bugre Forte vem a público esclarecer e manifestar sua profunda preocupação com os graves fatos ocorridos no dia da eleição.
Nossa chapa foi regularmente inscrita, analisada e devidamente homologada pela Comissão Eleitoral, após o cumprimento integral de todas as exigências previstas no Estatuto e no Regulamento Eleitoral do Guarani Futebol Clube.
Durante a assembleia de abertura, convocada para apreciação de recursos, o presidente da Comissão Eleitoral defendeu de forma clara e inequívoca a decisão de homologação da nossa chapa, reafirmando que todos os requisitos legais e estatutários haviam sido plenamente atendidos.
Ainda assim, de maneira temerária e antidemocrática, foi apresentado um recurso manifestamente infundado, com o objetivo de impugnar uma chapa já homologada, em evidente afronta ao devido processo eleitoral.
De forma ainda mais grave, a decisão que resultou na não realização da eleição foi aprovada por um bloco formado pela situação, com o apoio da chapa Renova Guarani, configurando uma medida extrema que impediu o exercício do voto livre e soberano dos associados.
Tal deliberação representa uma ruptura institucional, pois suprime o direito ao voto, desrespeita a autoridade da Comissão Eleitoral e subverte os princípios democráticos que regem a vida associativa do Guarani Futebol Clube.
Não se trata de uma disputa entre chapas, mas de uma tentativa clara de impedir a manifestação da vontade do sócio, criando um precedente grave e incompatível com a história do Guarani.
A Chapa Meu Bugre Forte reafirma seu compromisso com a legalidade, com a transparência e com a democracia. Não aceitaremos que manobras regimentais ou expedientes artificiais substituam o voto legítimo do associado.
O Guarani é maior do que qualquer grupo ou interesse circunstancial.
Defender a democracia é defender o Guarani.
Felipe Roselli
Chapa Meu Bugre Forte




