O Conselho Universitário da Unicamp retirou da pauta, nesta terça-feira (2), a discussão sobre o projeto que prevê a autarquização da área da saúde e a expansão acadêmica da universidade. O tema volta a ser analisado na próxima sessão extraordinária, marcada para 16 de dezembro.
Hoje, a área da saúde faz parte do organograma da Unicamp, e a universidade é responsável pelo custeio, que deve chegar a cerca de R$ 1,1 bilhão em 2025. A proposta segue modelos já adotados nas Faculdades de Medicina da USP, há quatro décadas, e da Unesp, em Botucatu, desde 2010.
Pelo projeto, será criada uma autarquia chamada Hospital de Clínicas da Unicamp (HC-Unicamp), que vai reunir oito órgãos, incluindo o Hospital Central e o Hospital da Mulher Caism. A estrutura terá presidência, conselho deliberativo e órgãos técnicos e administrativos. O conselho será formado por nove membros: presidente do HC-Unicamp, diretor e vice-diretor da Faculdade de Ciências Médicas, representantes das faculdades de Enfermagem, Ciências Farmacêuticas e Odontologia, além de um representante dos servidores.
A mudança busca aliviar os custos da universidade e garantir recursos para ampliar cursos, abrir novas vagas e contratar servidores. Até 2036, o plano prevê mais de 11,5 mil novos estudantes, contratação de 614 docentes e 1.390 funcionários, além de investimentos em prédios e laboratórios.
O projeto começou a ser discutido em setembro, após sinal verde do governo estadual, e foi apresentado à comunidade universitária em reuniões realizadas entre novembro e dezembro.




