Uso de protetor solar independe da época ou fator de risco, alerta dermatologista

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Junto com a chegada do Verão brasileiro, as atenções ficam voltadas mais uma vez à preocupação com a saúde da pele. 

Nessa época do ano em que a incidência da radiação solar aumenta, os riscos trazidos pelos raios ultravioleta (UV) podem desencadear graves problemas para a saúde da pele

Este é o tema da campanha “Dezembro Laranja”, há 26 anos busca levar conscientização sobre o câncer no maior órgão do corpo humano

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil registra, todos os anos, cerca de 185 mil novos casos da doença. Hoje, o câncer de pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos do câncer no Brasil. 

No câncer de pele, os oncologistas destacam dois grandes grupos de classificação. Um deles é o “não-melanoma”, mais frequente e considerado mais leve. Ele tem chances de cura mais altas, desde que seja detectado ainda no começo. 

E dentro do câncer de pele não-melanoma existem dois subtipos mais comuns: o “carcinoma basocelular”, que começa a partir das células mais profundas da pele, e o “carcinoma espinocelular”, quando atinge as camadas mais superiores da pele. 

Foi o que explicou, em entrevista ao CBN Campinas, a médica dermatologista do Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Andréa Eloy

“Em geral, eles se caracterizam por lesões que vão crescendo lentamente, uma ferida que não cicatriza, que sangra esporadicamente sem que você tenha machucado. Na maior parte das vezes em áreas expostas ao Sol, mas não necessariamente. Esses tipos, que é o ‘basocelular’ e o ‘espinocelular’ que são ‘não-melanoma’, têm um prognóstico muito melhor. Em geral, o tratamento cirúrgico é suficiente”, explica.

Já o câncer de pele “melanoma” merece atenção redobrada, devido ao risco de evoluir para uma metástase. 

“Esse são lesões normalmente pigmentadas, portanto de uma coloração mais escura. Uma pinta por assim dizer, que pode mudar mais precocemente. Então mudando de cor, crescendo rapidamente em comparação com outras lesões semelhantes, começando a ficar ulcerado. Então é importante ter em mente esses dois tipos de lesões”, detalha.

Apesar da campanha Dezembro Laranja, o cuidado com a exposição excessiva à radiação ultravioleta não deve ficar apenas nos meses de verão. Andréa Eloy lembra alguns cuidados fundamentais que valem para qualquer dia do ano na rotina de exposição solar

“Quando a gente fala fotoproteção diária, isso envolve principalmente o uso de protetores solares com FPS acima de 30, mas também todas as outras medidas: evitar a exposição solar entre 10h00 e 15h00; o uso de roupas adequadas; o uso de chapéus; as sombrinhas, que nós deveríamos voltar ao hábito das avós ao sair na rua; e também óculos de Sol com proteção para radiação UV. Independentemente do seu tom de pele ou do seu fator de risco”, alerta.

A forma mais eficiente de detectar um câncer de pele no início é a avaliação visual, tanto pelo autoexame como pela consulta com um médico dermatologista.

Os critérios mais usados são conhecidos como Regra “A-B-C-D-E”, que significam manchas ou pintas Assimétricas; Bordas irregulares; Cores variadas; de Diâmetro maior do que seis milímetros e de Evolução rápida, principalmente se houver feridas com sangramento ou coceira

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