Os moradores da Vila Soma, em Sumaré, poderão ser realocados em quatro áreas nas regiões do Picerno e do Maria Antônia, conforme a proposta apresentada nesta sexta-feira pela prefeitura na reunião do grupo de trabalho criado pela defensoria pública para discutir a questão. Os envolvidos também esclareceram que nunca houve a possibilidade de que a reintegração de posse do local fosse feita nesta terça-feira. A confusão foi criada porque no dia três de março vence o prazo para que os moradores deixassem o local de forma voluntária. Depois disso, é necessário que haja uma ordem judicial para a remoção das famílias. De acordo com o major Valdemir Guimarães Dias, caso a justiça determine a retirada, a polícia precisaria de um tempo para se organizar, o que poderia levar até seis meses.
Sobre a reunião do grupo, que envolve representantes do governo federal, estadual e municipal, além da Caixa Econômica Federal, Secretaria de Habitação de São Paulo e CHDU, a proposta apresentada será encaminhada para avaliação da justiça. Segundo o advogado que representa as famílias, Alexandre Mandl, a reunião apresentou resultados positivos para os moradores, já que há a concordância da Caixa para facilitar os financiamentos através dos programas de moradia popular e também um acordo prévio com uma construtora.
Enquanto a reunião era realizada, cerca de 600 moradores da Vila Soma realizaram mais uma manifestação. Eles saíram em passeata da ocupação e seguiram até o Seminário de Nova Veneza, que é uma unidade administrativa da prefeitura, onde acontecia a reunião. Durante o percurso, eles foram acompanhados por um forte esquema policial. Nenhum incidente foi registrado durante a administração.