As obras para as readequações do aterro Delta A, em Campinas, ainda acontecem cerca de três meses depois da permissão concedida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo para a reabertura do local.
Ao todo, a Cetesb exigiu 25 itens para que o terreno volte a ser utilizado por um período de 17 meses. Se houver descumprimento, a Prefeitura poderá pagar multa ou perder a licença para utilização do aterro, que segue fechado.
O impedimento começou em 2014 por falta de espaço. Desde então, as toneladas de resíduos produzidas na cidade são transportadas para um aterro particular no município vizinho de Paulínia.
Segundo o diretor do Departamento de Limpeza Urbana de Campinas, Alexandre Gonçalves, a intenção é que isso mude em breve. Ele não estabelece um prazo, mas explica que diques são construídos no aterro.
Alexandre Gonçalves ainda afirma que os trabalhos e os procedimentos no local não são complexos e detalha que o período de 17 meses concedido pela Cetesb só será válido após o término dessas adequações.
De acordo com ele, a intenção é de que o processo de formação de uma parceria público-privada seja finalizado rapidamente. A empresa contratada será responsável por uma usina de reciclagem e compostagem de resíduos.
O objetivo é adequar a gestão do lixo à política nacional de resíduos sólidos, que foi originalmente proposta para ser cumprida até 2014, mas foi prorrogada em 2015. No caso de Campinas, a data-limite é julho de 2018.
O pedido da Prefeitura para a sétima reabertura do aterro Delta A aconteceu em março e foi atendido cerca de um mês depois. Na época, o Executivo acreditava que o terreno voltaria a ser usado no final de maio.
Como as intervenções continuam, as secretarias de Serviços Públicos e de Infraestrutura foram procuradas pela produção para estabelecer um prazo, mas não responderam até o fechamento desta reportagem.