Os representantes da CPFL e do Sindicato dos trabalhadores não chegaram a um acordo durante a audiência realizada nesta quarta-feira no TRT da 15ª Região. O desembargador Lorival Ferreira dos Santos buscou modificar as propostas de encontros anteriores. Um dos principais impasses está no índice de inflação a ser utilizado para o reajuste salarial.
O grupo CPFL ofertou 9,32%, com base no Índice de Preço ao Consumidor Amplo, calculado pelo IBGE. Já os trabalhadores querem que o reajuste tome como referência o índice divulgado pelo Diese, que calculou em 9,44% a inflação acumulada nos 12 meses anteriores a junho, data-base da categoria. Além da recomposição da inflação, os empregados pedem aumento real de 3%.
A discordância fez com que os trabalhadores entrassem em greve na última segunda-feira, mas o movimento foi suspenso no mesmo dia, depois de ser agendada a audiência de conciliação desta quarta-feira. Além do reajuste salarial, empresas e empregados também discordam dos valores dos vales alimentação e refeição e da participação nos lucros e resultados (PLR). Ficou agendado para o dia 10 de agosto o julgamento do dissídio.