Os usuários do transporte coletivo de Campinas estão expostos a diversos microrganismos que podem causar doenças, sendo algumas delas graves. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Universidade Metrocamp, que coletou amostras de vários ônibus que circulam pela cidade. O estudo não sugere que exista problema com a limpeza e higienização dos veículos, já que esses fungos, bactérias e parasitas, são passados de pessoa para pessoa.
Com isso, os pontos onde há o toque das mãos de maneira mais frequente, como os assentos, catraca, barras e alças de apoio, reúnem um grupo maior de microrganismos. Quando uma pessoa toca esses pontos, podem levar a infecção para o próprio corpo, colocando a mão nos olhos ou na boca. Por isso, o uso de álcool gel torna-se essencial para a prevenção, já que o usuário corre o risco de adquirir desde alguma irritação nas vias aéreas ou até mesmo uma hemorragia intestinal.
De acordo com a professora de microbiologia da Metrocamp, Rosana Siqueira, não existe meio que possa deixar os coletivos livres de risco de contaminação. Segundo ela, a única alternativa que resta ao usuário é a higiene, principalmente das mãos.
Apesar dos ônibus do transporte público serem o objeto da pesquisa, os resultados podem ser aplicados em qualquer local onde há um fluxo grande de pessoas. A professora de microbiologia Rosana Siqueira, afirma que os cuidados com a higiene devem ser feitos do mesmo modo para quem utiliza outros equipamentos, como corrimão, caixa eletrônico e outros.
A Transurc informou que, os ônibus do transporte público de Campinas são lavados internamente e externamente todos os dias e uma vez por semana são higienizados com detergente bactericida.