Beber refrigerante, fazer bochecho com antisséptico bucal, comer chocolate com licor, tomar vinagre e até mesmo remédio. Nessa época do ano em que aumenta o consumo de bebida alcoólica, cresce também a circulação de correntes e mitos pelas redes sociais de possíveis ações para burlar o bafômetro, item comum nas fiscalizações da Lei Seca.
O Diretor de atendimento ao cidadão do Detran Jânio Loyola alertou que nenhum destes produtos ou qualquer outro conseguem interferir no teste do etilômetro, isso porque o aparelho mede o álcool ingerido, que passou para a circulação sanguínea e, depois, é exalado dos pulmões para o ar.
Já com relação a medicamentos, um que ganhou fama nas redes sociais é o Metadoxil. Ele acelera a metabolização do álcool do fígado e é mais utilizado no tratamento de alcoolismo e alterações no órgão. Loyola também comenta a respeito do uso de remédios para tentar ocultar o erro cometido de beber antes de dirigir
No caso do consumo de bombons com licor ou até mesmo de antisséptico bucal que contenha álcool, ele comentou que o etilômetro pode detectar sim a presença da substância. Nesses casos, as autoridades são orientadas a fazerem um segundo teste.
O Diretor de atendimento ao cidadão do Detran disse também que nas operações do Programa Direção Segura é comum os motoristas se negarem a fazer o teste do bafômetro na tentativa de escapar de possíveis sanções. Ele lembra, porém, que não se submeter ao exame também é uma infração.
Além disso, mesmo que o condutor se recuse a soprar o etilômetro, caso o perito da Polícia Técnico-Científica identifique durante o exame clínico que a pessoa não está apta a dirigir, ao ter atitudes como cambalear e falar coisas sem sentido, o cidadão pode responder também por crime de trânsito. A pena é de seis meses a três anos de prisão.