Esse é Vittorio Palumbo. Ele veio da Itália em um dos navios de imigração após a segunda guerra mundial e se instalou inicialmente em São Paulo. Depois, veio morar em Campinas à serviço e acabou fixando residência no distrito de Sousas. Sua expectativa é de que a história oral, aquela passada de geração à geração, não morra.
Com o mesmo pensamento, a historiadora e pesquisadora do Centro de Memória da Unicamp, Ana Carolina Maciel está recuperando a história italiana do distrito. Esse trabalho já conta com vários relatos gravados em vídeo e devem ficar sob a guarda do órgão para consulta.
Ana Carolina contou que tem uma relação de afeto com a imigração italiana por causa dos bisavós que vieram da Itália e, quando ingressou no Centro de Memória, em 2015, coordenou um grupo de trabalho sobre Memória da Imigração.
Segundo ela, durante as pesquisas verificou-se que nos fins do século XIX a população rural de Sousas era formada por cerca de 80% de imigrantes italianos.
À época, as escolas do distrito ensinavam os alunos em italiano e os recém-chegados vinham para trabalhar nas fazendas de café. Hoje, moradores de Sousas apoiam o projeto de Ana Carolina. Nelson Girardi falou da importância do trabalho que está sendo realizado.
A pesquisadora contou que o objetivo é lembrar e resgatar tradições das famílias imigrantes, como canções que as avós cantavam em dialeto italianoe também as receitas de pratos tradicionais. O dialeto, aliás, é lembrado por ela como algo que mudou ao longo do tempo.
Para quem tiver interesse em passar algum relato com relação à imigração italiana no distrito de Sousas pode entrar em contato com a pesquisadora da Unicamp através do e-mail amaciel@unicamp.br