A justiça determinou que as empresas de ônibus de Campinas proíbam os motoristas de exercer a função de cobrador. A determinação veio após o pedido de liminar do Ministério Público do Trabalho ser aceito, sendo que as concessionárias têm até 30 dias para cumprir a decisão, proferida neste dia 18 de maio, pela 9° Vara do Trabalho. Ainda cabe recurso.
O MPT ainda pedia uma indenização de R$ 1 milhão de cada empresa, por lesão aos direitos dos trabalhadores, mas isso não foi acatado.
O Procurador do MPT, Silvio Beltramelli Neto, reforça a necessidade de acabar com a dupla função no transporte municipal, diante dos riscos.
Quem usa ônibus concorda com a posição do MPT e é até a favor da volta dos cobradores que foram demitidos em 2015.
Desde a demissão dos cerca de 2 mil cobradores, o Ministério Público do Trabalho tentava uma solução extrajudicial. As empresas chegaram a sugerir uma tecnologia para acabar com dinheiro no ônibus, mas ao final 2016, admitiram a impossibilidade por questões técnicas. O jeito foi levar à justiça, como destaca o Procurador Beltramelli.
Em nota, a Transurc disse achar estranho que a ação trate apenas das concessionárias, quando o Sistema Intercamp é formado por mais de uma modalidade de operador.
A Emdec reforçou que testa e avalia novas tecnologias, dizendo que Campinas caminha para que, em breve, isso seja resolvido. Transurc e Emdec citaram testes com o QR Code, que é uma espécie de código de barras.