Há cerca de um ano e meio a insegurança aumentou na Rua Mário Junqueira da Silva. O local no Jardim Eulina, em Campinas, virou um ponto de consumo de drogas a céu aberto. Os trabalhadores temem furtos e reclamam da degradação. A situação é registrada praticamente em todos os períodos do dia, mas se intensifica no final da tarde, quando muitos funcionários deixam as dezenas de fábricas e empresas da região. Com isso, o medo é frequente para muita gente.
O relato é de Edson da Silva, que também fala dos prejuízos do estabelecimento onde trabalha há cerca de 12 anos. Segundo ele, é comum que os clientes evitem estacionar na via, já que uma das calçadas fica tomada por usuários de drogas. Além do reflexo no movimento, ele relembra a série de itens e equipamentos que já foram furtados de dentro da siderúrgica. Apesar dos crimes, nada mudou. Para ele, o problema não envolve só policiamento, mas também saúde pública.
Empregados de outras fábricas próximas, Raian Cassemiro e Mádson Oliveira, confirmam que o panorama não muda, mesmo com as ações e os diversos chamados atendidos pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal na região. De acordo com os dois, horas depois da dispersão o grupo volta a se reunir. Em algumas noites, barracas são montadas. O resultado disso é a sujeira deixada no dia seguinte, assim como pedaços de móveis, restos de fogueiras e sacos de lixo.
A Prefeitura foi procurada. Em nota, alegou que as “equipes do SOS Rua fazem a vigilância socioassistencial no local, semanalmente, nos três períodos (manhã, tarde e noite)” e que no inverno também entregam cobertores nessa área. O comunicado afirma que o “trabalho consiste em orientar sobre os serviços” e cita que o local é procurado para o consumo das substâncias e que por isso e não há moradores de rua fixados. Por fim, diz que a GM Faz rondas diariamente.