Um prazo até quarta-feira, dia 04 de outubro, foi dado pelos médicos do Hospital Ouro Verde. Após o período, poderá haver greve na unidade hospitalar de Campinas. A mobilização começou com os médicos residentes, que neste dia 27, fizeram uma paralisação em frente ao hospital.
O presidente do Sindmed, Casemiro dos Reis, traça o cenário crítico. Há atraso no pagamento dos médicos professores, os preceptores, com impacto para a população e formação dos profissionais.
O hospital Ouro Verde é gerido pela Organização Social Vitale. O diretor geral, Hélio Girotto, diz que esse quadro é reflexo de problema no contrato. O valor repassado pela prefeitura não cobre os gastos. Ele diz que isso tem sido discutido com a administração municipal.
Em nota, a prefeitura de Campinas explicou que o contrato com a Vitale tem um teto de R$ 11 milhões por mês, com repasse em dia. Explica que a instituição recebe por produção, e por isso, embora haja o teto, não significa que recebe sempre o valor total. Diz que tudo está de acordo com o que é praticado no mercado. Sobre as conversas com a Vitale, diante da crise e do déficit nas contas da OS, a administração municipal não se pronunciou.
Sem essa posição da prefeitura e a possibilidade das conversas não avançarem, questionamos o diretor geral da Vitale, Hélio Girotto, se a demissão ou substituição de profissionais seria uma opção. Ele apenas desconversou.
Sobre o atraso no pagamento dos médicos PJ, o sindicato vê como solução a prefeitura contratar esses profissionais preceptores.
A administração, por sua vez, disse que vai cobrar da Vitale que o atendimento à população seja mantido com qualidade, conforme estipulado no contrato. Sobre relação de trabalho, cabe à OS solucionar.