Inundação de áreas de proteção ambiental para construção de represas na região é questionada por conselho

A inundação de áreas de matas nativas para a construção de duas represas na região, em Pedreira e Amparo, é questionada pelo Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental de Campinas. Isso porque a construção do reservatório de Pedreira vai ocupar uma área do território de Campinas. A polêmica começou depois que a prefeitura propôs uma alteração na lei que vai permitir alterar o artigo 18, que vedava o corte ou a supressão de todas as matas que formavam a Área de Proteção Ambiental do município, que conta com quase 884 hectares de mata nativa.

Se a mudança for aprovada na Câmara Municipal, o conselho perderia a sua funcionalidade e não teria mais poder de decisão, conforme critica o presidente da Congeapa, Rafael Moya. Ele disse ainda que caso áreas de mata nativa de Campinas sejam inundadas, haverá um dano ambiental enorme e não haverá garantias de segurança hídrica pra a região. A proposta será discutida em uma audiência pública nesta quarta-feira, que será realizada na Câmara Municipal.

O vereador Luis Carlos Rossini, que representa a Câmara no consórcio das bacias do PCJ, entende que não há polêmica na questão. Ele explica que, pela lei municipal, não poderia ser feita nenhum tipo de intervenção nas áreas de proteção ambiental de Campinas. Mas o vereador Rossini explica que há uma legislação federal que permite a supressão de mata nativa quando há interesse público.

A secretaria do verde e do meio ambiente de Campinas informou que é o governo do estado que está à frente do projeto de construção das represas e que o município não tem ingerência sobre a decisão.

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