Uma parceria de R$ 10 milhões entre o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, em Campinas, e duas empresas farmacêuticas quer identificar substâncias em plantas brasileiras para a composição de novos medicamentos. Por enquanto, as partes não divulgam quais os alvos específicos da fauna nativa foram identificados e definidos, mas os projetos envolvem um medicamento oncológico e outro de aplicação e uso dermatológico antienvelhecimento.
O trabalho terá base na cidade. Do valor total, cerca de 25% é de responsabilidade do CNPEM, que vai receber os extratos vegetais coletados nos quatro biomas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica, cerrado e caatinga. O gerente de Desenvolvimento de Fármacos do Laboratório Nacional de Biociências do Centro de Pesquisa, Eduardo Pagani, detalha que o trabalho consiste no fracionamento e testes de uma série de princípios ativos de plantas.
O Programa de Prospecção da Biodiversidade é inédito no País e é considerado um passo fundamental para a inovação brasileira por reunir parceiros capazes de integrar todas as atividades necessárias para obter novos medicamentos. A principal fase do processo é a da descoberta dos fármacos para a composição dos possíveis remédios, antes dos testes em animais e seres humanos. A expectativa é de que os produtos sejam patenteados e liberados em até 15 anos.