Dezenas de servidores públicos de Campinas formaram uma fila na sede do sindicato, que fica na Rua Joaquim Novaes, no Cambuí, para suspenderem o pagamento da contribuição sindical. A fila causou a revolta dos trabalhadores, que esperaram por mais de duas horas para o atendimento, que demorava em média, apenas um minuto. Eles eram obrigados a esperar na calçada, sem proteção contra o sol, banheiros e a entidade sindical não oferecia nem mesmo água para as pessoas que aguardavam no local.
Além disso, não havia fila de atendimento preferencial, levando idosos e mulheres grávidas a esperarem pelo atendimento nas mesmas condições dos demais servidores. Por causa das dificuldades apresentadas para a realização de um atendimento simples, os servidores entenderam que a demora e a falta de organização eram propositais. Para Paulo Eduardo, tudo não passa de uma estratégia do sindicato para obrigar a manutenção da cobrança da contribuição sindical. Para Luziene Luz, o sindicato dos servidores de Campinas está criando estratégias para inviabilizar o pedido dos trabalhadores.
A polêmica começou depois que uma assembleia com servidores da prefeitura de Campinas aprovou a cobrança da contribuição sindical para todos os 17 mil funcionários da administração municipal. Com a nova lei trabalhista, cabe ao trabalhador decidir se paga ou não a taxa. O sindicato dos servidores de Campinas foi procurado para comentar sobre os problemas no atendimento aos trabalhadores, mas não se manifestou.