Com 77 pedidos, a Universidade Estadual de Campinas foi a instituição brasileira com o maior número de depósitos de patentes em 2017, segundo um balanço divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Intelectual.
No ranking, estão a Universidade Federal de Campina Grande, a Universidade Federal de Minas Gerais, a Universidade Federal da Paraíba e a Universidade de São Paulo, a USP. Em 2016, a Unicamp havia ficado em segundo, com 62.
O diretor executivo da Inova, agência de inovação da instituição campineira, Newton Frateschi comemora. Para ele, o resultado comprova a capacidade de transformar parte do conhecimento gerado em propriedade intelectual.
A patente é um documento que garante a proteção a uma invenção ou uma inovação. Com ele, o idealizador tem um tempo assegurado para desenvolver a ideia. Nesse período, não pode ser superado por outra pessoa ou grupo.
Muitas das ideias surgem em projetos de pesquisas e laboratórios e podem gerar inovação para produtos e serviços já existentes e ainda culminar na criação de recursos e novas empresas, que geram retorno à economia e à sociedade.
Com o total de pedidos de patente ao longo de 2017, a Unicamp conseguiu cerca de R$ 1,2 milhão em royalties. Deste valor, R$ 400 mil retornaram para a reitoria. O restante foi para a unidade de pesquisa e para os pesquisadores.
Mas além dos números próprios de pedidos de patentes, a Unicamp tem participação no desenvolvimento de outras três tecnologias depositadas junto ao INPI. Elas foram executadas em colaboração com outras instituições.
Ainda segundo o diretor executivo da Inova, Newton Frateschi, entre as 10 maiores patenteadoras do Brasil em 2016, nove eram universidades públicas. Os dados do INPI mostram também aumento de patentes por empresas nacionais.