Após quase três horas, terminou sem acordo a reunião entre representantes da Prefeitura de Campinas e o Sindicato dos Servidores Municipais. Mesmo sem um entendimento entre as partes, a categoria não decretou greve.
Segundo o coordenador do sindicato, Jadson Tadeu Cohen, a última proposta da Administração no último dia 13 foi mantida: 2,79% de reajuste, parcelado em duas vezes e a ser pago em dezembro de 2018 e dezembro de 2019.
No ano passado, após alegações da Prefeitura de baixa arrecadação e crise nos cofres públicos, a categoria aceitou um reajuste de 3% nos salários parcelado em três anos. Por esse motivo, diz ser contra um novo parcelamento.
O funcionalismo público alega que a arrecadação subiu 12,9% de um ano para o outro e pede um reajuste nos vencimentos de 10,45%, além de acréscimo no vale-alimentação, passando dos atuais R$ 889,60 para R$ 1.108,00.
Apesar de reconhecer que houve aumento da receita, o secretário de Relações Institucionais, Wanderlei de Almeida, justifica que ainda não é possível chegar aos valores aprovados em assembleia pelos servidores municipais.
A explicação é que os restos a pagar referentes a 2017 giram em torno de R$ 700 milhões, o que ainda coloca os cofres da Prefeitura em uma situação de pouca margem para negociações. Por isso pede flexibilidade ao sindicato.
Diante da falta de acordo, a possibilidade de paralisação dos trabalhadores existe, mas só deve ser considerada e levada a assembleia após o próximo encontro, que está marcado para acontecer no dia 26, terça-feira.