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Assassino de estudante da Unicamp é condenado a 36 anos de prisão

Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução Facebook

O homem acusado de matar uma estudante da Unicamp, em Limeira, em março de 2017 foi condenado a 36 anos de prisão em regime fechado após juri popular nesta quinta-feira.

A jovem Sandy Andrade Santos, de 21 anos, foi esfaqueada pelo jardineiro Marcelo Soares de Moraes Silva, de 31 anos, após tentativa de estupro. O homem estava preso desde o ano passado, e deve cumprir pena de um ano e seis meses por sequestro, quatro anos e seis meses por tentativa de estupro e 30 anos pelo homicídio qualificado.

O julgamento durou sete horas, e cerca de 180 pessoas acompanharam os depoimentos e argumentações.

O pai da jovem, Paulo Domingos dos Santos, disse após o julgamento que se sente aliviado com a condenação, uma vez que o acusado não terá oportunidade de cometer novamente o crime.

Cerca de 10 testemunhas falaram às audiências de instrução e julgamento.

Segundo relato de duas estudantes que testemunharam pela acusação, Sandy foi vista andando de forma apressada pela avenida principal, nas proximidades do campus da Unicamp, em Limeira, e as testemunhas perceberam que o suspeito caminhava atrás da jovem, em seguida ao lado dela, e depois passou o braço atrás do pescoço da vítima. O homem chegou a sorrir para as testemunhas, dando a entender que tudo estava dentro da normalidade.

Já a testemunha de defesa afirmou que o jardineiro é uma pessoa trabalhadora. O réu, por sua vez, afirmou durante o interrogatório que tinha apenas a intenção de roubar a vítima, e que não pensou em violentá-la em momento algum.

De acordo com a promotora de acusação do Ministério Público, Sandy levou 12 facadas na região cervical, e lutou pela vida até o fim ao tirar as meias para estancar o sangue do pescoço e se arrastar para pedir ajuda. Para impedir o pedido de socorro da estudante, o réu jogou para longe a bolsa dela.

O advogado de defesa solicitou que o júri observasse os autos e as provas, e disse que, por vezes, a sede de justiça extrapola os limites das provas.

Uma mulher foi retirada do plenário durante o julgamento por gritar pedindo pela condenação do réu. Ela afirmava ter sido vítima de estupro há 30 anos, e sentiu estar vivendo novamente a situação.

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