A falta de poda e roçamento em terrenos do Campo Grande e a lista de reclamações que não tiveram resposta da Prefeitura, motivaram um grupo de moradores do distrito de Campinas a resolver os problemas por conta própria.
A preocupação é com a proliferação de animais peçonhentos e do mosquito aedes agypti, mas também com a segurança, já que muitos espaços dominados pelo mato, lixo e entulho também podem servir de esconderijo para bandidos.
Um dos exemplos é uma área no cruzamento entre as ruas Orlando Paschoal e Santina Augusto, no Parque Itajaí. O local, antes sujo e mal cuidado, atualmente tem um banco e canteiros. A transformação foi feita pelos próprios vizinhos.
Quem recebe demandas como essa pela Facebook é Luiz Henrique Carvalho da Silva. Ele é dono de uma lan house no Parque Valença II, onde ouvia vários pedidos de ajuda. Ele e os amigos se mobilizaram e passaram a fazer mutirões.
O esquema de ajuda comunitária acontece ainda em bairros como Floresta e Maracanã e foi organizado há cerca de um ano. A demanda agora é por mais apoio do município, já que o trabalho de manutenção ocorre em 13 terrenos.
Um dos pedidos é por mais acesso a mudas de árvores do Viveiro Municipal, já que a mão-de-obra é dos próprios moradores. Mas uma das solicitações por e-mail, feita há cerca de três meses, segundo Luiz Henrique, não obteve resposta.
Em nota, a Prefeitura respondeu que o Departamento de Parques e Jardins faz limpeza e manutenção das mais de 2 mil praças da cidade periodicamente, além de outras áreas como escolas municipais, centros de saúde e parques.
Além disso, afirma que as mudas do Viveiro Municipal são prioritariamente para serem plantadas pelo DPJ nas áreas verdes e para repor árvores. Moradores que desejam o plantio devem entrar em contato para orientação.