O Dia Internacional das Mulheres em Campinas foi marcado por um ato que reuniu centenas de pessoas no Centro da cidade, na noite desta sexta-feira. Diversos grupos e coletivos se encontraram no Largo do Rosário para se posicionarem diante de questões que colocam em risco a vida e a saúde das mulheres. O ato teve seus alvos. O principal deles é o aumento dos casos de violência contra a mulher e do feminicídio. Para se ter uma ideia, somente em Campinas, já foram registrados dois casos neste ano.
O assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, prestes a completar um ano, também foi lembrado. As mulheres cobraram das autoridades o esclarecimento do crime. Outro ponto lembrado por elas é o reflexo que a reforma da previdência apresentada pelo Governo Federal pode trazer em suas vidas. As manifestantes entendem que, além de dificultar a vida dos trabalhadores em geral e dos mais pobres, elas serão mais prejudicadas que os homens. A análise tem respaldo num estudo apresentado pelo Dieese, que apontou que uma das principais alterações que exigiriam mais sacrifício das mulheres seria a idade mínima. Segundo o departamento, a reforma prevê que ela subirá de 60 para 62 anos, no caso das trabalhadoras urbanas e de 55 para 60 anos, entre as trabalhadoras rurais. Para os homens, serão mantidas as idades mínimas atuais: 65 anos, urbano, e 60, rural.
De acordo com Lourdes Simões, da Marcha Mundial das Mulheres, o Dia Internacional da Mulher é um dia de luta. Única mulher na câmara de Campinas, a vereadora Mariana Conti também participou do ato e reafirmou que a população feminina tem que se posicionar e fazer valer os seus direitos. As manifestantes realizaram a noite uma passeata pelas ruas do Centro de Campinas, antes de encerrar o ato, também no Largo do Rosário.