A construção das represas de Amparo e Pedreira tem gerado muita discussão por alguns motivos, como os danos ambientais, segurança da barragem e impactos nos municípios envolvidos. Se considerar apenas a questão do abastecimento, as represas seriam bem vindas caso seguissem os exemplos que existem na região. Em Indaiatuba, o reservatório da Barragem do Rio Capivari-Mirim, construído entre 2013 e 2015, é responsável pelo abastecimento de 50% da cidade.
Para se ter uma ideia da importância da represa, no ano passado foram cerca de 120 dias de estiagem e o abastecimento de Indaiatuba não correu nenhum risco durante o período. Ainda assim, o reservatório garantiria o fornecimento de água por mais 50 dias, segundo informações do Serviço Autônomo de Água e Esgoto do município. No início do período de estiagem no ano passado, o volume da represa de Indaiatuba era de 93% de sua capacidade total e hoje, este índice está em 100%, garantindo mais um período sem maiores problemas para a população.
De acordo com o superintendente do SAAE de Indaiatuba, Sandro Coral, a reserva de água é fundamental para garantir o abastecimento dos municípios. Ele afirma que, além de Amparo e Pedreira, outras cidades próximas à Campinas, como Salto e Itu, já estão em fase avançada nos projetos de construção de represas. A represa de Indaiatuba tem capacidade para 880 milhões de litros de água e é o primeiro reservatório de grande porte construído em rio na Bacia dos Rios, Piracicaba, Capivari e Jundiaí.