Ao lançar o seu primeiro disco solo 1965 que tinha como base as musicas compostas para alguns filmes entre eles de Cacá Diegues e Ruy Guerra com o nome de Coisas, que Moacir Santos promoveu um marco na música instrumental brasileira com este projeto que sintetizou a sua obra. Nascido em Pernambuco em 1926 já tinha na Orquestra da cidade de Flores o caminho para a música na qual aprendeu a tocar todos os instrumentos. E vivendo com uma família adotiva, saiu de casa aos 14 anos para trabalhar como músico de circo… assim surgiu o arranjador, compositor, cantor e saxofonista Moacir Santos. Moacir Santos deu um novo rumo em sua trajetória a partir de 1947 como maestro de Rádio Tabajara em João Pessoa, depois seguiu para ser saxofonista da orquestra da Rádio Nacional e ao aceitar o cargo aos 25 anos de idade de arranjador nesta orquestra assume o estudo formal de música.
Ao dar aulas para Roberto Menescal, Baden Powell, Carlos Lyra, Eumir Deodato … Moacir acabou ajudando a promover a música que iria se consolidar no final dos 50 e inicio dos 60, como a Bossa Nova e o Samba Jazz . Uma vez que trazia no seu repertório a junção de uma música erudita com elementos populares.
Em 1967 ao sair da Rádio Nacional se mudou para os Estados Unidos para continuar lecionando e trabalhar como compositor de trilha para o cinema, inclusive trabalhou com a equipe de Henry Mancini . Depois de Coisas, Moacir lançou mais 4 álbuns até 1981 e ainda compôs mais 2 trilhas para o cinema.
Considerado um projeto de maturidade o Lp Coisas traz uma valorização da cultura africana nos arranjos de percussão com a utilização de instrumentos como berimbau, atabaques e agogô. Alias coisas era a forma como Moacir se referia as suas músicas ao apresentar aos amigos.
A obra de Moacir Santos que morreu em 2006 além dos ritmos afros, passou por diferentes estilos como os latinos merengue e a rumba além do próprio Samba e em sua temporada nos Estados Unidos lançou projetos calcados no jazz. Enfim todo esse interesse pelo universo a sua volta o consolidou como um artista eclético.
E com o tema Coisa número 05 de Moacir Santos e Mário Telles está edição fica por aqui
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Produção
Walmir Bortoletto
Edição
Paulo Girardi