A taxa de morte por suicídio em Campinas subiu de 1,7 para 5,6 por 100 mil habitantes em Campinas entre 1990 e 2017, segundo um estudo da Unicamp. O resultado, colhido em parceria com a Vigilância em Saúde, serve para orientar e indicar ações e medidas de prevenção contra o aumento de casos na cidade.
A pesquisadora do Centro Colaborador em Análise de Situação de Saúde da Faculdade de Ciências Médicas, Margareth Guimarães Lima, cita exemplos. Entre eles, a ampliação do acompanhamento psiquiátrico e a preocupação maior com os meios de acesso, como lugares altos, substâncias tóxicas e armas.
Os dados também indicam que o enforcamento corresponde a 58,9% dos meios mais utilizados nos casos que ocorreram em Campinas entre 2010 e 2017. Os outros meios mais frequentes na cidade são autointoxicação e envenenamento, 12,8%, arma de fogo, 10%, e precipitação de lugar alto, 8,9%.
O levantamento mostra ainda que os suicídios correspondiam a 3,7% dos óbitos por causas externas em 2000. Já em 2017 representavam 10,8% dessas mortes. Além disso, a taxa dos homens é 4,4 vezes superior a das mulheres, sendo maior entre 40 a 59 anos. Já entre as mulheres, as taxas aumentam entre as idosas.
Os índices fazem parte do primeiro boletim sobre o tema do suicídio publicado pelo Centro Colaborador em Análise de Situação de Saúde, CCAS da Unicamp. O trabalho de monitoramento dos casos foi feito em conjunto com o Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde.