Se uma frase pudesse definir Van McCoy, com certeza seria “A música foi a vida dele”. Ele morreu cedo com apenas 39 anos, não se casou, e também não teve filhos, e deixou cerca de 700 obras registradas. Aprendeu a tocar piano com a mãe e abandonou a Faculdade de Psicologia pra ir trabalhar em gravadoras e estúdios . Se tornou arranjador e produtor e teve contato com dezenas de artistas que gravaram suas músicas . Nascido em 1940 na capital Americana, Van McCoy fez parte de um grupo vocal que chegou a gravar na década de 50, mas que logo terminou. Ele teve carreira solo e lançou vários discos, mas a paixão era compor, arranjar e produzir . Em quase toda a obra dele é possível ouvir violinos e outros instrumentos que compõem uma orquestra.
Assim que desistiu da Faculdade, Van McCoy saiu de Washington e se mudou pra Filadélfia, onde havia mais possibilidade de trabalho. Com visão de futuro e confiança, a primeira atitude foi criar o próprio selo, pra assim ter mais controle sobre o material criado. Nesse começo de carreira teve uma parceria que ai além da música. É que a antiga vizinha da época de criança era noiva dele e gravava as composições de McCoy . O relacionamento acabou quando ele adiou o plano de casamento pra se dedicar a carreira.
Depoimentos de artistas que tiveram contato com Van McCoy revelam uma personalidade muito agradável. Compreensivo e atencioso, ele foi ganhando terreno no mercado fonográfico e foram surgindo mais convites. Tanto que no começo dos anos 70 abriu uma companhia de produção e foi pra Nova York atender a demanda de pedidos . E dessa período também a criação da The Soul City Symphony , orquestra que ele regia e que o acompanhava em quase todas as sessões.
Apesar de trabalhar bastante e acompanhar uma lista extensa de artistas que gravaram suas músicas, Van McCoy concentrava o sucesso na parada Rhythm and Blues. Isso mudou em 75 quando um colega comentou dos passos de uma dança que acontecia numa boate. Mesmo sem ver o movimento do corpo que era chamado The Hustle, Van McCoy escreveu o que se tornaria um hino do período da discoteca.
The Hustle chegou ao primeiro lugar da Billbord, ganhou um Grammy e garantiu que VanMcCoy fizesse show até fora dos Estados Unidos. O lado ruim é que a gravadora queria que ele repetisse a fórmula e colocasse outra música nas paradas, o que nunca aconteceu.
Em julho de 79 um ataque cardíaco matou Van McCoy e a música perdeu um apaixonado pela arte da criação.
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Produção
Walmir Bortoletto
Edição
Paulo Girardi