Fundada em 1960, a Santa Casa de Valinhos é reconhecida por seus atendimentos em baixa, média e alta complexidade. Em média, são 650 internações/mês, sete mil atendimentos no Pronto Socorro e 4.500 cirurgias/ano. A entidade tem como meta reformar 14 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), que vão aumentar o atendimento aos pacientes da cidade.
E para arrecadar fundos para esta empreitada, realizará no dia 20 de Outubro, a partir das 8h30, a 1ª Corrida pela Saúde em prol da Santa Casa de Valinhos. Serão três percursos: caminhada de 2,5 km, e corrida (5 km, 10 k e 15 k.
A organização do evento está sob responsabilidade de Hiran Pimentel, autor do Plano 20 anos em 2 de recuperação de santas casas, atualmente no cargo de coordenador de Mobilização de Recursos da entidade. Ele foi o convidado do Programa Um a Um com Eduardo Santana para falar dessa iniciativa e seus objetivos.
“Caminhada e corrida são os esportes que mais crescem no Brasil e são responsáveis por cerca de 24 benefícios produzidos no nosso organismo e no psíquico”, conta. Como estas atividades estão diretamente ligadas à saúde, elas foram as escolhidas para esta ação. “Todos precisamos de saúde, do hospital e do leito hospitalar”, explica.
Segundo Pimentel, o Brasil contabiliza um déficit de 90 mil leitos hospitalares. Na maioria das vezes, os cidadãos ficam à espera do poder público para resolver o problema; Muita dessa deficiência se encontra nos cerca de 2,3 mil hospitais filantrópicos, que é de responsabilidade dos cidadãos.
Para sair desse quadro de espera e agir de forma concreta, os gestores da Santa Casa de Valinhos decidiram criar um tripé de sustentabilidade. “Vendemos serviços para o poder público, serviços para a iniciativa privava e 15% dos custos do hospital nós mantemos com atividades de inclusão, responsabilidade social. E uma dessas ações é a caminhada e corrida”.
A ideia da atual gestão é recuperar 14 leitos de UTI, no valor de R$ 45 mil cada, com os recursos levantados com a Corrida. O custo, de acordo com Pimentel, é extremamente baixo, quando comparado ao volume despedido no Brasil pelo setor público, que gasta de US$ 150 mil a US$ 300 mil para construir um leito hospitalar.
Ele conta que as santas casas enfrentam outros problemas, mas a falta de leitos hoje é o principal deles. “Podemos recuperar os leitos. São espaços que provedores anteriores vieram construindo alguma coisa e o espaço ficou lá parado, ocioso, por falta de recursos. Ao invés de se gastar até R$ 1 milhão para construir o leito no setor público, que vai atender só um público, o SUS, a gente recupera no hospital filantrópico, que é de cada um de nós, e atende cinco públicos: O SUS, plano de saúde, particular, o convênio e a gratuidade, produzindo na saúde”
A ação também vai contribuir para a redução do absenteísmo na indústria, no comercio na cidade, além de aumentar a produtividade de 3 até 8%. “O público é atendido na cidade e as pessoas vão visitar no horário do almoço ou no final do expediente. Quando temos saúde na cidade, ganhamos produtividade”.
Pimentel explica que atualmente a Santa Casa tem um déficit de 15% no orçamento. “Você não consegue colocar ninguém em 15% dos leitos por conta de limpeza terminal, para evitar infecção, troca do leito, manutenção e diferença entre a alta médica e alta hospitalar. “São estes 15% que quebram o hospital filantrópico se não houver ações”, conclui
Quer saber mais sobre a Santa Casa de Valinhos e sobre o Programa 20 anos em 2? Acesse o podcast na íntegra com a entrevista de Hiran Pimentel no portal programaumaum.com.br
Texto: Marcelo Oliveira – Assessoria de Imprensa do BNI Planalto Paulista