Os novos pontos de parada instalados no centro de Campinas possuem um problema em comum, segundo os próprios usuários de ônibus: a depredação.
Um dos exemplos fica na Avenida Francisco Glicério, em frente à agência dos Correios, onde Maria das Dores espera e se incomoda todo fim de tarde.
No local, as armações de ferro e até algumas partes dos vidros estão pichadas. Mas o que chama a atenção são os inúmeros cartazes colados irregularmente.
Para a doméstica, além de acelerar o desgaste dos abrigos e atrapalhar a visão, o problema expõe a falta de respeito de parte da população com os bens públicos.
“Quem pega o ônibus, se não cuida… não tem como eles cuidarem de tudo ao mesmo tempo. A gente mesmo tem que cuidar do que é benfeitoria pra gente. Um pinta, o outro acha bonito e faz a mesma coisa”
A remodelação dos pontos de ônibus completou um ano em julho e abrangeu os abrigos em um raio de cinco quilômetros do centro e dos principais corredores.
No processo de privatização, as estruturas ganharam coberturas novas, totens publicitários iluminados, assentos individuais e espaço para cadeirantes.
Após pouco mais de um ano da validade da concessão, o último balanço da Emdec dava conta de que 100 novos equipamentos haviam sido instalados. Questionada pela produção sobre as condições e a manutenção dos pontos de ônibus, a empresa não enviou nota até o fechamento da reportagem.