A aglomeração de pessoas é considerada como risco potencial para a proliferação do coronavírus. Evitar esta situação tem sido uma recomendação constante das autoridades sanitárias. No caso dos postos do INSS, a preocupação aumenta por causa da maior concentração de idosos e de pessoas com problemas de saúde. Na impossibilidade de oferecer um atendimento não presencial, os postos de atendimento do INSS continuam funcionando normalmente. Na manhã desta segunda-feira, quem precisou se arriscar na agência do INSS da Rua Barreto Leme, em Campinas, não encontrou nenhuma medida de proteção.
Leandro Henrique, ao observar que o local estava com grande aglomeração de pessoas, procurou álcool gel para fazer a higienização, mas se deparou com os recipientes do produto vazios. Ele relata ainda que no banheiro masculino, nem sabonete tinha. “Aqui não tem nem álcool gel. Nem sabonete tem nos banheiros, mas a gente tem que vir porque senão fica sem receber”, disse. Antônio Donizette Medeiros também se surpreendeu com os recipientes de álcool gel vazios. “Tá sem álcool. E a gente quer se higienizar e não tem como. Eu acho que além desses que estão vazios, eles deveriam ter colocado mais. A gente vê o pessoal aqui com lenço e resfriado”, afirmou.
O INSS informou que as medidas tomadas para evitar o contágio do coronavírus em suas agências são cartazes elaborados pelo Ministério da Saúde sobre prevenção da doença afixados nas unidades. Mas, na manhã desta segunda-feira, no entanto, a reportagem também não encontrou os tais cartazes. Para Eduardo Diniz, o local não oferece nenhum tipo de precaução ou orientação contra o contágio. “Não tem nada que garanta a segurança das pessoas aqui. Tinha dois idosos de cadeira de rodas que, ao invés de serem atendidos rapidamente, tiveram que ficar esperando”. Diariamente, mais de 700 pessoas, entre agendamentos e atendimentos espontâneos, se deslocam até as unidades do INSS.