Imunologista defende restrições para frear pandemia

Foto: Reprodução

Para a diretora do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP, Ester Sabino, a diminuição da transmissão do novo coronavírus serve para dar mais tempo ao sistema de saúde na preparação do atendimento aos doentes. Envolvida no sequenciamento em tempo recorde do genoma do vírus no Brasil, 48 horas, Sabino diz que o surto mundial depende do movimento das pessoas para seguir em expansão e por isso diz que a redução na circulação é o ideal.

“Nunca vivemos isso e não existe fórmula mágica. É claro que vai ser melhor se a transmissão for reduzida até que as autoridades se organizem. O que se tenta fazer é que essa epidemia aconteça de forma mais lenta”, explica a professora.

Com o confinamento adotado como medida mais efetiva em todo o mundo e também em estados e grandes cidades brasileiras, a imunologista esboça a estratégia a ser adotada depois que o período mais crítico da covid-19 passar. Para a especialista, se não aparecer um remédio ou uma vacina em curto espaço de tempo, não há ainda uma definição clara sobre como a liberação da circulação deve acontecer, o que poderia causar um cenário como o da Itália.

“Não é fácil. Ele exige organização, liderança e apoio da população. Se não tiver um trabalho em conjunto, a gente vai ter uma situação parecida com o da Itália. Lembrando que os jovens infectados podem ter pneumonia grave”, ressalta ela.

Com extensa carreira acadêmica e reconhecida recentemente pelo sequenciamento do vírus em dois dias, enquanto em outros países o trabalho foi feito em uma média de 15 dias, Sabino deu as declarações à Agência da Fapesp.

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