Esta quarta-feira foi marcada pelo menor índice de isolamento social em Campinas. De acordo com os dados divulgados pelo Governo de São Paulo, Campinas teve apenas 45% de taxa.
O recorde negativo chega em um momento de elevação dos números no interior paulista e no próprio município. Em 30 de março, Campinas contabilizava uma morte, 33 casos confirmados, 550 em investigação e 71 descartados. Agora, em 30 de abril, já são 20 mortes registradas, 346 casos confirmados de covid-19, 265 em investigação e 1342 descartados.
Enquanto a doença avança, a taxa de isolamento segue em queda. Desde o início da quarentena, em 23 de março, Campinas registrou apenas duas vezes um índice de 59% (sempre aos domingos). Na primeira semana de confinamento os números variaram de 52% a 59%. Já entre os dias 27 e 29 deste mês, oscilaram entre 46% e 45%. Aliás, em todo o período, o município registrou em sete dias o índice de 46%
O agravante, é que a queda se dá a cerca de dez dias da possível retomada do comércio em Campinas e a flexibilização da quarentena. Nesta quarta-feira, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou que a capital paulista não irá mais flexibilizar a quarentena a partir do dia 11.
O Simi (Sistema de Monitoramento Inteligente do governo estadual) analisa os dados de telefonia móvel para indicar tendências de deslocamento e apontar a eficácia das medidas de isolamento social. O sistema é viabilizado por meio de acordo com as operadoras de telefonia para que o estado possa consultar informações de deslocamento nos municípios.
De acordo com o Coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, o médico infectologista David Uip, a adesão ideal para controlar a disseminação da covid-19 é de 70%. Várias outras autoridades, porém, já falam, que um nível aceitável para a retomada parcial de atividades seria de 50%.