A falta de água expõe os moradores de Campinas a esperas longas pelo serviço e obriga o contato frequente com a Sanasa. O problema é recorrente em diversos bairros e regiões e prejudica e incomoda ainda mais na pandemia de coronavírus.
Com as recomendações sobre limpeza e higienização para prevenir o contágio, a preocupação e as reclamações aumentam. No Gargantilha, por exemplo, a situação é antiga. A região de chácaras é abastecida há anos por caminhões-pipa.
Só que as estradas são de terra e ficam intransitáveis após chuvas e fazem Silvia Marlene pedir uma solução mais efetiva. Ela também critica o aumento de consumo de água durante o surto, já que o número de pessoas na área aumentou.
“As famílias que moram no final do bairro ficam sem água, porque o caminhão não chega. Há gente sem abastecimento”, diz.
Mas não só bairros sem água encanada sofrem. No Santa Genebra, Ana Carolina Padovani também reclama da falta do serviço. E a explicação dada pela Sanasa a cada sete dias, em média, é que há trabalhos de reparo e manutenção sendo feitos no local.
“Tá sempre relacionado a algo que estourou. E isso tem acontecido pelo menos uma vez por semana”, conta ela.
No Mansões Santo Antônio, sem rede esgoto, os caminhões necessários para a limpeza das fossas são pagos pelos moradores. Simone Alcântara detalha desembolsar mensalmente até R$ 600 para contar com o serviço, que é negado pelo município.
“A gente não consegue pela Sanasa, que diz que o nosso bairro não está nas áreas necessitadas. Então a gente paga”, afirma.
A Sanasa foi procurada pela produção da CBN Campinas e enviou posicionamentos específicos sobre cada bairro.
No Gargantilha, disse que o projeto do sistema de abastecimento está pronto e aguarda análise e aprovação da Caixa Econômica. Depois disso, inicia a contratação. A obra está prevista para começar em outubro e o prazo de conclusão é para o fim de 2021.
No Mansões Santo Antônio, alega que o bairro conta com rede coletora, mas lotes sem ligação devem procurar e solicitar à Sanasa.
No Santa Genebra, a empresa justifica que, desde o mês de maio até agora foram registrados três rompimentos na rede de água. Em todos, conforme o comunicado, as equipes foram notificadas e os técnicos foram imediatamente ao local para fazer o reparo.