Priorizados na gestão humanizada da saúde, o atendimento atento de profissionais e as boas condições e estrutura dos hospitais são diferenciais contra as situações geradas pela crise sanitária na pandemia do coronavírus.
Como a alta de confirmações de covid-19 não atinge só a população, que teme pelas taxas de contágio, mas também as equipes, saturadas pelo número de doentes e por formar um dos principais públicos de risco, o conceito se destaca.
Para o tecnólogo e professor de radiologia, Francisco Almeida, a prioridade durante o surto deve ser o acolhimento, já que o infectado muitas vezes chega assustado e com medo à unidade de saúde, o que pode afetar o quadro clínico.
“É cuidar do doente e não da doença, na realidade. Porque você tem o cuidado, o carinho e a atenção, priorizando a pessoa nesse momento de crise. Nós, os profissionais de saúde, somos preparados para qualquer situação”, detalha.
Mas para alcançar o nível adequado de atenção e identificar, por exemplo, o que o paciente está sentindo ou precisando, treinamentos e cursos complementares são necessários. E o ideal é que toda a organização do hospital seja humanizada.
“Cada instituição tem sua característica de treinamento. Às vezes é semanal, mas em outras vezes acontece mensalmente. Mas a ideia é sempre manter a calma para que a pessoa necessitada seja acolhida. É a prioridade”, explica ele.
Além do preparo de enfermeiros e médicos e das condições de salas e equipamentos, outra característica da gestão humanizada atualmente é a tecnologia, principalmente para facilitar o contato entre pacientes e familiares.
Como o isolamento social é importante no surto e as visitas estão vetadas atualmente, são comuns os relatos em diversas unidades do País de equipes que autorizam e até auxiliam na comunicação dos doentes com os parentes.